sábado, 18 de maio de 2013

AS DESVENTURAS DO GRANDE BOI TATÁ. Capitulo III.

AS DESVENTURAS DO GRANDE BOI TATÁ. Capitulo III. Boi tatá preocupado com seu sonho, foi para o seu teclado reunir seus jovens para mais uma tele-conferência, como de costume plantou sementes de grandes idéias e deixou que os jovens as desenvolvem-se. Fez pequenas interferências para corrigir pequenas desavenças. Terminado a tele-conferência, tomou sua sopa e foi prepara a aula para o dia seguinte. Sua vontade era ensinar para a “garotada” o pensamento e os ensinamentos de Friedrich Nietzsche. Mas em função da idade de seus seguidores optou por preparar a aula com as histórias de Monteiro Lobato. Procurando o livro do sitio do pica-pau amarelo em uma estante, viu cair um papel amarelado pelo passar do tempo. Pegou o papel e lembrou-se de sua infância quando tinha que estudar poemas de Arthur de Azevedo e tremulo voltou a ler á velha anedota: “Tertuliano, o paspalhão. Tertuliano, frívolo peralta, Que foi um paspalhão desde fedelho, Tipo incapaz de ouvir um bom conselho, Tipo que morto, não faria falta; Lá um dia deixou de andar á malta E, indo á casa do pai, honrado velho, A sós na sala diante de um espelho, Á própria imagem disse em voz bem alta: -Tertuliano, és um rapaz formoso! És simpático, és rico, és talentoso! Que mais no mundo se te faz preciso? Penetrando na sala, o pai sisudo, Que por trás da cortina ouvira tudo, Severamente responde:- Juízo! Terminada a leitura, olhou para a parede, não havia espelho e sim retratos e fintando os retratos, voltou seu pensamento para alguns ex-colegas. Porém o tempo passa rápido e as crianças crescem, o pensamento tende a evoluir e os pequenos que se deliciam com as historinhas do grande boi tatá. Logo, logo entenderão Friedrich Nietzsche.

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