segunda-feira, 3 de setembro de 2012

PONTO FRIO-CARNAVAL e MEU GRANDE AMIGO AYR VAILLENT.



Era comum no carnaval haver rodízio entre os funcionários das lojas. Quem trabalhava no sábado folgava na quarta feira e quem folgava no sábado trabalhava na quarta a partir das 12.00 horas. Em um carnaval de determinado ano, no sábado uma turminha combinou de se encontrar cedo para curtir o reinado de Momo. A programação: umas cervejinhas no bar dos pescadores na barra e baile à tarde na Associação dos Empregados do Comércio. Começou tudo bem cervejinhas geladas e wisky, até que a garra do wisky chega ao fim e é jogada na lagoa. O Ayr (garotinho) ao ver a garrafa boiando e acreditando que ainda havia algumas doses pulou na água. Voltou “cuspindo marimbondo”. Esperamos o Ayr secar um pouco e fomos para o centro da cidade. Paramos na Rua Primeiro de Março e entramos em um “boteco”, lá dento estava o cantor Wilson Simonal que olhou para o Ayr talvez espantado por ele ainda estar um pouco molhado e o Ayr foi logo engrossando: ”-Ta me olhado porque, você não canta nada e eu não vou com sua cara”. O Simonal riu e passou a mão na cabeça nele falando:- “calma aproveite o carnaval”. Virou para o nosso grupo fez um sinal de positivo e foi embora. Saímos do “boteco” e fomos para o carro. O Ayr não viu que aporta do carro estava aberta e deu com a testa na quina da porta rasgando a pele e provocando um pequeno sangramento. Fomos embora para o baile. Carro estacionado na Presidente Vargas e fomos andando para Avenida Rio Branco, quando encontramos um bloco que seguia para Avenida. Entramos no bloco e nos dispersamos até o clube. Chegamos aos reunimos para entrar e cadê o Ayr. Espera, espera e nada do Ayr. Resolvemos entrar e curtir o baile. Terminou o baile, cada um tomou seu rumo sem noticia do Ayr. Na quarta feira aparece o Ayr contando sua história. Na hora que estávamos no bloco ele caiu num bueiro e lá ficou não sabe que tempo, foi retirado por uma ambulância e levado para o Hospital Souza Aguiar, a onde foi atendido e internado. Quando ele acordou já era noite e ele quis sair não deixaram então ele fugiu e foi para o baile. Quando lá chegou o baile já era outro e ele notou que estava sem dinheiro. Pegou a carterinha funcional do Ponto Frio e deu uma “carteirada” no porteiro e conseguiu entrar. Dentro do clube ele viu que o baile era outro. Foi no banheiro e quando olhou no espelho viu que estava todo ensangüentado. Por sorte encontrou um amigo que lhe emprestou dinheiro para ir embora para casa.

Da história que ouvi, vi e vivi.
 Carteira Funcional.

Um comentário: